terça-feira, 15 de abril de 2008

SSD: O fim dos HDs se aproxima

Não é de hoje que se discute o quanto HDs são “primitivos”, afinal, tratam-se das últimas peças mecânicas residentes em nossos computadores. Como sabemos, equipamentos mecânicos sofrem desgaste e, com discos rígidos, não poderia ser diferente. Quem nunca ouviu falar em perda de dados causada por uma unidade defeituosa? Pois é, esse é um dos riscos assumidos ao confiar valiosas informações a uma peça que ainda utiliza um dos conceitos mais antigos da informática, a gravação de dados por meio magnético.

Como tudo na informática evolui, podemos afirmar categoricamente que os famosos HDs estão com seus dias contados. A explicação para esse fato é simples: Unidades de armazenamento SSD, que nada mais são do que dispositivos que não utilizam partes móveis, mecânicas ou processo de leitura/escrita magnética.

O que é e como funcionam as unidades SSD

O termo SSD nada mais é do que a sigla em inglês para “Solid-state Storage Device” (Dispositivo de armazenamento sólido). As novas unidades substituem os tão comuns discos internos por chips de memória, a muito utilizados, mas nunca voltadas ao armazenamento permanente de grande volume.

O conceito das unidades é simples, circuitos integrados semicondutores montados sobre uma placa lógica. O registro das informações é feito por pulsos diretamente nos chips de memória. O armazenamento SSD pode utilizar como base memórias RAM, nesse caso torna-se obrigatória a utilização de uma bateria interna para conservar os dados quando a unidade não estiver ligada, ou ainda memórias flash, onde são utilizadas memórias não voláteis, bastante conhecidas pelo seu uso em unidades de armazenamento móvel, como pen drives.

Realidade ou ficção

Ao contrário do que se possa imaginar, unidades SSD já existem e são comercializadas como alternativa ao onipresente HD, apesar de ainda restritas. É questão de tempo para que ocorra uma popularização, já que o maior empecilho ainda é o preço dessas unidades.

Para amenizar o fator preço, existem unidades “híbridas”, que utilizam até 4Gb de memória interna, destinada a operações críticas onde a velocidade de leitura e escrita é fundamental. Os demais registros ficam por conta do disco rígido.

E no que essas unidades serão superiores ao sistema magnético?

As vantagens dessa nova maneira de armazenamento podem ser resumidas a duas:

A primeira e principal, é o fim do uso de partes mecânicas, que resulta na eliminação da vibração, desgaste, ruído e enormes ganhos na confiabilidade da unidade.

E a segunda e não menos importante, a velocidade. Chips de memória são acessados de forma muito mais rápida do que um disco rígido.

Fica a certeza que esse tipo de armazenamento veio para ficar. Os ganhos ao se utilizar esse tipo de unidade podem ser espantosos, imaginem um sistema operacional carregando poucos segundos após ligar o PC, acesso a disco e transferência de enormes volumes de dados praticamente instantâneos?

Não deve demorar muito para que as controladoras e suas taxas de transferência teóricas virem um gargalo.

Leitura recomendada:
Entenda melhor as unidades SSD (Em inglês)
http://en.wikipedia.org/wiki/Solid-state_drive

2 comentários:

Anônimo disse...

Saudações
Bem conversava eu com um amigo por esses dias sobre a evolução dos HD e comentavamos que ao invés dos atuais Hds, poderia no futuro ser usado uma especie de pen drive, inclusive era só ter uma maquina e cada um com o seu HD era só instalar e usar suas maquinas portateis.....li seu post o que vem a calhar com a conversa com o amigo mas uma coisa me chamou a atenção no seu relato é que o mesmo teria que ter uma bateria pra manter a memória enquanto o pc tivesse desligado....ora! pergunta que não quer calar é se a bateria falhar? ou na hora de troca-la, todo o arquivo do HD se resetaria? como acontece hoje quando se troca a bateria da placa mãe?!! Já pensou o tamanho da perda?!! é óbvio que o meu comentário é um questionamento simplório, porque ninguém fará algo pra perder e sem dúvida medidas serão tomadas pra que isso não venha ocorrer.....mas com certeza os HDS tentem a evoluir, como citei o caso de um pen-drive (ou algo similar) no lugar dos atuais HDS....
Identifiquei a localização da sua pagina atráves do Baboo, um eternal abraço

Stock
stocknety@hotmail.com
www.ellus.blogger.com.br

Esteban Maroto disse...

Stock,

Primeiramente, agradeço por sua visita e comentário nesse blog, fico feliz com o retorno dos leitores.

Quanto ao seu comentário, não deixa de ser pertinente, mas note que no texto é explicado que existem dois tipos de memórias utilizadas em discos SSD, são as memórias RAM (chips idênticos aos usados em memórias RAM de PCs) e as memórias Flash não voláteis (as mesmas utilizadas em Pen Drives), que devem se tornar padrão e que não necessitam de energia para manter informações gravadas nos chips.

Ainda segundo relato que encontrei em um artigo da Toshiba, seriam utilizadas baterias semelhantes as utilizadas em telefones celulares, que tem como característica a capacidade de recarga sempre que o PC está ligado. Em modo stand by o consumo é mínimo, de forma que os registros poderão ser mantidos por anos, mesmo que a máquina seja mantida desligada.

Já quanto a troca da bateria de unidades SSD que utilizam memória ram, existem relatos que sugerem a troca da mesma enquanto a unidade está energizada, ou seja, os dados estariam seguros pois a bateria não estaria em uso no momento e, assim que a máquina fosse desligada, a nova bateria estaria pronta para manter os dados a salvo.

Abraço!